top of page

Aprimoramento Motor


A fadiga musculoesquelética (FME) pode ser definida como a incapacidade na geração e manutenção do nível de força, interferindo na capacidade do sistema nervoso central de integrar as vias aferentes e eferentes, prejudicando o controle postural. Os atletas de alto desempenho estão sujeitos a esse tipo de condição, de forma que aumentar o controle sobre ela, pode ser a diferença entre o primeiro e o segundo colocado em uma competição.

A fadiga altera o desempenho motor, devido às modificações dos mecanismos neurológicos, bioquímicos, biomecânicos e psicológicos. Déficits motores decorrentes de intensa atividade muscular, causam aumentos no risco de lesões dos tecidos musculares e conjuntivos, podendo ser transitório (com duração de minutos ou horas após o exercício) ou ser recorrente por vários dias. Os prejuízos de curta duração resultam de distúrbios metabólicos ocorridos após o exercício de alta intensidade. Já os prejuízos de longa duração podem estar relacionados à lesão tecidual causada pelo exercício e ao fenômeno conhecido como dor muscular tardia.

O sistema somatossensorial fornece informações sobre a posição do corpo no espaço, equilíbrio, velocidade, pressão, etc. Seu feedback é bastante efetivo em perturbações rápidas, pelos proprioceptores musculares e articulares (órgão tendinoso de Golgi e fusos musculares) e mecanoreceptores cutâneos.

A unidade motora é compreendida por um neurônio motor no corno ventral da medula espinhal, seu axónio e as fibras musculares inervadas por este axónio. O SNC controla a força muscular, a capacidade de o músculo produzir força é decorrente de um processo excitação contração-relaxamento. Desta forma, a fadiga pode ser classificada em central (formulação de padrões motores em um ou mais níveis das estruturas nervosas) e periférica.

A fadiga pode ser percebida pela concentração sanguínea de lactato, utilizada como indicador sensível do estresse fisiológico e das adaptações ao treinamento. A lactacidemia avalia a transição do sistema aeróbico ao anaeróbico, sendo menores em indivíduos treinados comparados a não treinados, sob a mesma intensidade, desta forma, determina a performance ou a condição física do atleta. A resposta do lactato é validada, independentemente da idade, gênero, tipo de exercício e estado de treinamento.

A cafeína tem sido amplamente estudada afim de diminuir a fadiga musculoesquelética, em uma avaliação de lutadores de jiu-jítsu que consumiram pó de guaraná, rico dessa substância, foi utilizada a escala de Borg para classificar o esforço subjetivo sob pressuposto de que os ajustes fisiológicos promovidos pelo estresse físico produzem sinais sensoriais aferentes que são capazes de alterar a percepção subjetiva do esforço – FME.

A partir da lactacidemia aumentada após a suplementação com o pó de guaraná encapsulado, observou-se que os atletas mostraram um aumento na tolerância ao exercício, resultando na diminuição da sensação de fadiga e no rendimento esportivo.

Referências:

http://repositorio.ufpi.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1047/RAYNARA%20VERAS%20FARIAS%20-%20CI%C3%8ANCIAS%20BIOM%C3%89DICAS.pdf?sequence=1

http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1019/757

25 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page